Pai ganha olho de vidro após pedido emocionante do filho em cartinha para Papai Noel
Pedro Henrique de 9 anos pediu uma Beyblade e um olho de vidro para Papai Noel – e conseguiu. Pai ganha olho de vidro após pedido emocionante do filho na cam...
Pedro Henrique de 9 anos pediu uma Beyblade e um olho de vidro para Papai Noel – e conseguiu. Pai ganha olho de vidro após pedido emocionante do filho na campanha “Papai Noel dos Correios” Reprodução/TV Cabo Branco Uma carta ao Papai Noel transformou a vida de uma família em João Pessoa. Na tradicional campanha dos Correios, o pequeno Pedro Henrique, de apenas 9 anos, pediu algo incomum: um olho de vidro para seu pai, Eloã Camilo, que havia perdido a visão há nove anos após ser baleado por engano. O menino também pediu um brinquedo, uma Beyblade, mas sua prioridade era realizar o sonho do pai. "Senti pena do meu pai que não tinha olho. Não queria que ele ficasse desse jeito. Então, com amor e carinho eu pedi a papai noel e ele aceitou o presente", disse o pequeno Pedro. Papai Noel atende pedido especial Eloã fala que nem sempre as coisas foram fáceis, mas agora com o olho novo, a vida será mais tranquila. Ele teve que passar por uma fase de readaptação em coisas simples, como aprender a ligar o fogão sozinho, explica. Mas agora, segue uma rotina "sem precisar muito de ajuda de outras pessoas". Pai ganha olho de vidro após pedido emocionante do filho na campanha “Papai Noel dos Correios” Reprodução/TV Cabo Branco “A gente vai se virando com a ajuda de amigos. Deus sempre coloca pessoas boas no nosso caminho, mas nunca pedimos ajuda antes de tentar sozinhos. A gente consegue adaptar bastante coisas a nosso favor”, conta. Luciana Martins, esposa de Eloã, também tem uma deficiência visual e sabe bem dos desafios enfrentados pelo marido. “Agora com olho de vidro, vida nova, com certeza a gente vai ter mais acessibilidade em aplicativos que atualmente estão ficando mais avançados. O reconhecimento facial já não estava reconhecendo a face dele pela falta dos olhos e agora ele vai poder acessar e usufruir normalmente da tecnologia”, destacou Luciana, emocionada. A família, que se mudou de Belém do Pará para João Pessoa em busca de melhores condições de vida, enfrentou muitos desafios ao longo dos anos. Luciana tem retinose pigmentar, uma doença degenerativa que lhe afeta a visão desde criança. A cerimônia de entrega do olho de vidro e do brinquedo reuniu médicos, representantes do BNB, que apadrinhou a cartinha, e familiares. Eloã não escondeu a emoção e Pedro, por sua vez, viu seu pedido de Natal mudar a rotina da família através do verdadeiro espírito natalino: o cuidado com está mais próximo. E no final das contas, acabou ganhando o Beyblade também. Pedro jogando beyblade com seu irmão Reprodução/TV Cabo Branco Tudo começou quando a equipe dos Correios se mobilizou em busca de um padrinho para a carta. A história chegou até os colaboradores do Banco do Nordeste (BNB), que se mobilizaram. Além de garantir o brinquedo, eles foram além: financiaram a cirurgia de instalação de próteses oculares para Eloã. Rodrigo Araújo, superintendente do BNB na Paraíba, destacou a importância do gesto: “Essa campanha tem uma relevância social enorme. Quando lemos a carta do Pedro, nos chamou muita atenção, né? E a gente mobilizou todo o nosso time e toda a nossa equipe para buscar atender esse sonho do Pedro”, disse à TV Cabo Branco. O procedimento foi realizado nesta sexta-feira (13) no Hospital Universitário da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sob a supervisão da professora doutora Cacilda Chaves. A especialista explicou como o trabalho foi feito: “Moldamos as cavidades porque ele perdeu os dois globos oculares e confeccionamos a prótese. Nós instalamos as próteses oculares e observamos que elas estão bem adaptadas. O paciente está confortável, abrindo e fechando o olho”, disse a doutora, informando que Eloã deve continuar em acompanhamento pela equipe de enfermagem por conta da complexidade do caso. Criança de 9 anos pede olho de vidro ao pai que ficou cego Reprodução/TV Cabo Branco Embora o procedimento seja simples, vai além de uma questão estética, conforme explica Alexandre Medeiros, superintendente do Hospital Universitário da UFPB. "O que parece ser apenas estética muitas vezes é uma forma de reinserção na sociedade. O Pedro deixou isso claro ao pedir a prótese para o pai, dizendo que queria ajudá-lo a ter mais interação com as pessoas. Ele tem muito orgulho do pai e queria vê-lo bem e integrado à sociedade,” acrescentou. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba